Hospital da Gente
Contos/Cantos: Marcelino Freire, Obras “Angu de Sangue”, “Balé Ralé” e “Contos Negreiros”.
Direção: Mário Pazzini
Elenco: Alaissa Rodrigues, Josy Nonatto, Maira Galvão, Martinha Soares, Natalia Kesper, Naloana Lima e Naruna Costa.
Contos/Cantos: Marcelino Freire, Obras “Angu de Sangue”, “Balé Ralé” e “Contos Negreiros”.
Direção: Mário Pazzini
Elenco: Alaissa Rodrigues, Josy Nonatto, Maira Galvão, Martinha Soares, Natalia Kesper, Naloana Lima e Naruna Costa.
Hospital da gente é um espetáculo marginal, que foi construído a partir dos desconcertantes contos/cantos do escritor brasileiro Marcelino Freire.
Foram escolhidas as mulheres de Marcelino para cantarem seus vexames entre becos e barracos, e bares, e vielas de uma favela, como tantas outras, (quiçá todas), FENIX.
O Grupo Clariô de Teatro criou um espaço cênico para a realização da peça. È uma casa com capacidade para 25 pessoas em um típico bairro de periferia.
Com músicas compostas pelo grupo durante o processo de pesquisa do espetáculo, A peça propõe uma visita, uma parada na linha de tiro, para tentar entender a partir do avesso, o que é a violência!
E você o que está esperandooooooooooooooooo!
Béradêro
Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do equador
E a voz da santa dizendo
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor
A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma motorista
É a cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha céu da boca paulista
Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor os sem teto
Os sem paixão sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de paulo freire
A contenteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sins não contudo
Pé quebrado verso mudo
Grito no hospital da gente
São sons são sons de sins
São sons são
São sons
Chico César